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Ranicultura: Histórico e projeções para os próximos anos!

A produção brasileira tem um cenário promissor e deve gerar em torno de 400 toneladas por ano.

Neste post você vai ver:

Histórico e Atualidades;

Ranicultura no Brasil;

A melhor espécie para criação;

Comercialização.

Pesquisas têm apontado diversas características da  que podem torná-la ainda mais rentável ao produtor. Sua carne é muito saborosa e possui substâncias que auxiliam alguns tratamentos alérgicos e de doenças gastrointestinais. Restaurantes sofisticados são os principais consumidores dessa iguaria. Sua pele pode ser amplamente comercializada, já que possui efeito cicatrizante, especialmente em tratamentos de queimadura, e pode ser transformada em couro. O óleo da rã também fornece bom índice lucrativo ao criador, pois constitui a fórmula de alguns medicamentos e cosméticos.

Histórico e Atualidades

A ranicultura iniciou em 1939 com auxílio da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Atualmente podemos dizer que a rã-touro é a única espécie utilizada pelos ranários comerciais brasileiros. Ela é a melhor rã para a criação intensiva e adaptaram-se perfeitamente as nossas condições climáticas.

Ranário

A área média recomendada para a implantação de um ranário rentável comercialmente varia entre 500 a 700m2. Com esse projeto o ranicultor pode atingir uma produção de anual média de 2.000 Kg de carne. Recomenda-se água de boa qualidade preferencialmente de mina ou poço. O custo de implantação médio no Estado de São Paulo varia entre R$ 50,00 a R$ 70,00/m2 de área construída. Praticamente toda a produção brasileira (cerca de 400 ton./ano) é absorvida pelo mercado interno, mas o Brasil possui condições de conquistar grande espaço no mercado externo, porém necessita preparar-se para tal. Existem também novos nichos de mercado interno a serem conquistados.

Há 20 anos, houve uma demanda considerável de empreendedores que iniciaram suas atividades na ranicultura convencional, porém, 90% desistiram devido a uma série de problemas como:

Climatização: a reprodução e a engorda das rãs durante o inverno não acontece. Como os sistemas convencionais são abertos, não é possível realizar a climatização do ambiente criatório, colocando a produção sob o efeito da sazonalidade.

Canibalismo: Na fase de engorda as instalações dificultam a separação dos animais por tamanho. As rãs maiores comem os menores diminuindo o plantel.

Predadores: Nos sistemas abertos, há uma facilidade de acesso de ratos, gatos, pássaros e principalmente pessoas que consomem as rãs causando prejuízos enormes.

Investimentos: Para implantar um ranário nos sistemas tradicionais é preciso um grande espaço físico, normalmente em ambiente rural. Obras de construção civil, como tanques de alvenaria, baias, estufas tornam o custo inicial grande aumentando o tempo de retorno do investimento. Umas das opções seriam utilizar os tanques circulares do tipo australiano, pela facilidade na montagem e desmontagem.

Outras dificuldades: Manejo alimentar, manejo animal, manejo profilático, ganho de peso e principalmente produção contínua, somados aos anteriores continuam sendo os grandes problemas da ranicultura convencional, a nível comercial. Como as rãs ficam no chão e em grandes tanques, fica muito difícil entrar para pegá-las quando se precisa selecionar por tamanho, retirar rãs doentes, etc.

É claro que a mudança requer tempo e planejamento, já que um ranário convencional instalado significa muito dinheiro investido podendo haver uma resistência inicial à mudança.

Ranicultura no Brasil

O Brasil é o segundo maior criador de rãs no mundo (Pesquisa feita pelo Globo Rural em 06/11/16), feito através do sistema de Confinamento. O último levantamento oficial do IBGE de 2016 fala em 160 toneladas ao ano, mas há quem diga que esse número seja três vezes maior.

A melhor espécie para criação!

A espécie mais usada em cativeiros é a rã-touro gigante!

É um animal de origem Norte Americana, introduzido em nosso país em 1935 e devido às suas características zootécnicas, foi escolhida a melhor espécie para cativeiro.

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Principais características:
• Rápido crescimento;
• Alto número de ovos;
• Facilidade de manejo;
• Adaptação climática.
 

Continue lendo e descubra como aproveitar e agregar valor na comercialização!

A Rã-touro é originária das proximidades das montanhas rochosas na América do Norte. A coloração de pele é entre verde-claro e cinza-escuro.É considerada a terceira maior do mundo em tamanho, chegando aos 30 cm de comprimento total (desde o focinho às patas traseiras) e 2,5 kg de peso. A rã-touro vive no máximo 16 anos e sua capacidade reprodutiva é de aproximadamente 10 anos.

É considerada a terceira maior do mundo em tamanho, chegando aos 30 cm de comprimento total (desde o focinho às patas traseiras) e 2,5 kg de peso. A rã-touro vive no máximo 16 anos e sua capacidade reprodutiva é de aproximadamente 10 anos.

As características biológicas e fisiológicas das rãs são relativamente diferentes de outras espécies de animais comuns de cativeiro. O ciclo de vida das rãs possuem duas fases, sendo a aquática chamada de Girino, e a terrestre é chamada de Rã, mas ainda sim com extrema dependência da água.

Existem outras espécies de rãs nativas do Brasil, como a rã-pimenta, rã-manteiga ou paulistinha, que podem também ser criadas em cativeiro, mas em comparacão com a rã-touro, possuem o menor desempenho produtivo e além de dificuldades técnicas e burocráticas.

Comercialização: Veja como agregar valor à carne de rã!

A Rã pode ser aproveitada por inteiro, desde sua carne, pele e até mesmo as vísceras. Por ter um mercado específico, os restaurantes sofisticados são os maiores consumidores, dessa forma é vendida como carne nobre.O valor de comercialização é alto, e a demanda consegue ser maior do que a sua produção.

Já na exportação, os pedidos estrangeiros são específicos de rãs brasileiras, mas por conta do volume alto de pedidos, e poucos produtores, a demanda acaba não sendo atendidos por completo, e assim os outros países acabam pagando mais caro pela carne para ter acesso mais fácil e rápido!

O preço da rã abatida é de R$ 35 o quilo, mas o preço no mercado pode chegar a R$ 60. O grande problema é o que preço está muito associado à ração que não encontra com qualidade disponível no mercado. 

O que esperar da Ranicultura para os próximos anos? 

O rápido crescimento da ranicultura no Brasil está abrindo portas para novos empreendedores, e de acordo com esta projeção, a tendência para os próximos anos, é de que criadores, intermediários (restaurantes) e consumidor final alinhem bem os interesses de forma homogênea e consistente, tornando o consumo de carne de rã tradicional no Brasil, fazendo com que a carne de rã seja procurada e encontrada proporcionalmente como o camarão, mariscos, entre outros.

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10 Comments

  1. Wellington Araújo Melo

    Boa tarde estou interessado a iniciar a ranicultura pois tenho um ótimo local muito tropical gostaria de saber por onde começar

  2. Eduardo

    qual o autor desse artigo, seria vc mesma Jeniffer Britto??

    • Eduardo, a equipe de Marketing apenas posta os textos feitos por especialistas. Caso tenha algo no texto que não concorde, estamos abertos tanto a elogios como critica, assim você ajuda a fortalecer nosso trabalho!

      Equipe Recolast

  3. O artigo apresenta diversos dados errados e está desatualizado em muitos anos em relação a valores, como exemplo o custo do m² em SP. Lastimável!

    Quem o assina?

    Atenciosamente,

    Prof. Andre Muniz Afonso.

  4. jairo

    Ola eu tenho uma granja de frango organico e gostaria de investi na ranicultura mas nao faço ideia pra quem vender aqui no sertao bahiano os frigorificos nao se interessam por esse tipo de carne vcs podem me dar uma dica de vendas empresa ou sites. Eu tenho certeza q concigo produzir facilmente 2000 kg por temporada. Obrigado jairo lourico

    • Boa tarde Jairo!
      Nós orientamos que faça uma pesquisa de mercado para que possa ter ideia de valores, clientes finais, investimentos, entre outras informações…Essa busca é feita pela internet mesmo, cada região tem uma necessidade é difícil falar com exatidão certo?
      Obrigado pelo contato!
      Equipe Recolast

  5. SERGIO EDWIN BENAVIDES CAMBEROS

    Buenas tardes, estoy muy interesado en el tema de ranicultura, podrian orientarme indicando donde puedo conseguir esas ranas toro , para iniciar, gracias

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